Avaliação imobiliária em Engenharia marca palestra da Presidente da ABAP
Presidente da Associação Brasileira de Avaliação e Perícia – ABAP, a Eng. Civil Karine Moreira, iniciou sua palestra, destacando que para realizar uma avaliação de imóvel é preciso estudar a área, o tipo de investimento e, principalmente, as condições de habitabilidade e segurança. “Da avaliação se faz o Laudo de Avaliação de Imóvel, documento técnico que atesta a avaliação contendo o parecer emitido pelo profissional habilitado”, pontuou. Afirmou que o relatório deve conter fundamentação técnica e científica, elaborado por profissional da engenharia de avaliações, em conformidade com a ABNT NBR 14653.  

A Eng. Civil destacou os principais métodos para a elaboração de um laudo de avalição imobiliária: como o de Renda, Involutivo, Evolutivo e o Comparativo de Mercado. Observou que em um mercado recessivo é importante ter cuidado ao utilizar o Método Evolutivo, porque  área construída é atribuída pelo valor do CUB/mês e o CUB sofre reajustes de acordo com os Índices de Construção Civil, o que vai na contramão dos imóveis ofertados no mercado que atualmente detém queda expressiva.

“É necessário que a pesquisa tenha consistência na semelhança de variáveis que serão trabalhadas na forma de fatores ou por inferência estatística. As variáveis mais utilizadas são: metragem construída de área útil, vagas de garagem, padrão de acabamento, localização, conservação, dentre outras variáveis”, acentuou. “Cabe lembrar que a avaliação imobiliária não é negociável”. Informou que análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica são atribuições reservadas aos profissionais vinculados ao Sistema Confea/Crea. 

O mercado de avaliação imobiliária vem crescendo no Brasil, principalmente, quando a área financeira passou a ser obrigada a fazer avaliação imobiliária, principalmente pelo aumento dos programas habitacionais. Os pontos mais importantes nas vistorias de imóveis para financiamentos bancários são estrutura da pavimentação (sargetas, meio fio, boca de lobo e inclinação) e estrutura de iluminação pública. As vistorias nos imóveis detectam fissuras, trincas, infiltrações, vergas, contravergas e cintas. Também entram como fatores que devem ser vistoriados: telhados (rufos e amarração), fossas sépticas, calçada de proteção no perímetro da edificação (casa) dentro do lote e impermeabilização nas fundações.

O avaliador imobiliário deve focar sua atenção nos aspectos construtivos internos (forro ou laje em todos os cômodos, revestimento de paredes internas e externas, cota de soleira das portas externas em nível que impeça a entrada de água portas e janelas (0,75 espaçamento) em todos os quartos, iluminação e ventilação em todos os ambientes e ventilação forçada em banheiros. Os bancos exigem dos imóveis que serão financiados: rede elétrica compatíveis, abastecimento de água potável, barra impermeável no box do banheiro e nas áreas molhadas. 

Em relação à responsabilidade ambiental do imóvel, a avaliação deve constatar que o imóvel tenha arejamento em todas as torneiras de banheiros e lavabos, que proporciona 50% de economia de água, e bacia sanitária com dispositivo de duplo fluxo. “Todos esses fatores são importantes para que o imóvel seja passível de financiamento”, frisou.

O 1? Congresso Paranaense de Engenheiros Civis (CPENC) está sendo realizado na sede do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), em Curitiba, pela Associação Brasileira de Engenheiros Civis (ABENC) em parceria com a ABENC-PR.
 
Fotos: Renato Meirelles
Conteúdo: Básica Comunicações
 
publicado em 18/08/2022

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